quinta-feira, 3 de abril de 2008

Queimadas na Amazônia


O numero de queimadas na Amazônia apresenta uma tendência constante de crescimento ao longo dos anos, nitidamente a partir de 1996, mas com variações interanuais determinadas pelas condições climáticas. O ano de 1994 foi marcado por uma redução significativa das queimadas devido a uma combinação de situação econômica e condições climáticas desfavoráveis. Já o ano de 1997, até o início de 1998, foi marcado por um grande aumento das queimadas que culminaram com um episódio inédito e de grande repercussão com os incêndios no Estado de Roraima, e de lá pra cá, as queimadas só aumentam.
As queimadas da Amazônia, de acordo com a organização não-governamental Iniciativa Verde, respondem por aproximadamente 70% das emissões brasileiras de gases do efeito estufa. “O mais urgente, em questão de mudança climática, é estancar as queimadas na Amazônia a qualquer custo. É inadmissível que o país tenha essa postura indolente em relação a um crime ambiental dessa monta”, reivindica o diretor da Iniciativa Verde, Osvaldo Martins.
Mesmo com toda essa queda no nível de queimadas, as pressões de fora em cima do Brasil devem aumentar, porque a área da floresta perdida é muito grande. No ano de 2004, a mata da região já tinha perdido área do tamanho do Estado de Sergipe e, agora, para piorar as coisas, foi descoberta, entre o Estado do Pará e o Maranhão, uma área do tamanho do Estado de São Paulo devastada, segundo denúncias da Imprensa. Além do mais, quem visitar a região noroeste e nordeste do Estado do Pará, principalmente municípios como Paragominas, Goianésia e Tailândia ficará assustado, porque, à noite, a visibilidade nesses municípios assusta: muita fumaça, devido às queimadas.